Rendimento da poupança – vale a pena em alguma situação?
Os mais importantes noticiários tem informado que o investimento na poupança voltou a ser interessante, pois nos últimos 12 meses ele rendeu mais que a inflação (8,33% contra 7,87%). Diante disto, fica a pergunta: será que em alguma situação vale a pena aplicar na poupança? Para responder a esta pergunta, quero enfrentar os principais aspectos que levam as pessoas a utilizar este produto financeiro.
1 – A poupança é o investimento mais seguro
Este é o primeiro mito que leva muita gente a dar preferência à poupança. De fato este investimento é protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito, que é uma entidade privada, sem fins lucrativos, criada no governo FHC em 1995 para administrar mecanismos de proteção aos titulares de crédito contra instituições financeiras. Mas, da mesma forma que a poupança, vários outros investimentos que rendem mais contam com esta proteção. Quer um exemplo rápido? Veja esta Letra de Câmbio (não se preocupe com o nome), que nos últimos 12 meses teria rendido 14,21% (já descontado o imposto de renda), bem mais que os 8,33% da poupança.
Detalhe: este investimento tem a mesma proteção do Fundo Garantidor de Crédito da poupança. Esta proteção cobre valores de até R$250 mil!
2 – A poupança permite investir valores baixos
De fato na poupança é possível investir valores baixos. Mas também é possível investir valores baixos em outros instrumentos com níveis de segurança similares e rentabilidades bem maiores. No Tesouro Direto, que conta com a garantia do Governo Federal, é possível investir a partir de 30 reais! E veja que na Letra de Câmbio que apresentei acima é possível investir a partir de 2 mil reais (e existem algumas que permitem investir a partir de mil reais). Portanto, sinto muito, mas essa desculpa não vale…