Procuradores da República reagiram ao relatório final do senador Roberto Requião (PMDB-PR) que trata de abuso de autoridade.
O texto será apresentado nesta quarta-feira (19), mas a discussão deve ser adiada por um pedido de vista (mais tempo para analisar o texto) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Integrantes do Ministério Público afirmam ser contra abusos de autoridade, mas dizem que o projeto em questão, de autoria de Renan Calheiros (PMDB-AL) com relatoria de Requião, é uma retaliação à Lava Jato. A procuradora da República Thaméa Danelon disse à GloboNews que o projeto quer "calar" investigadores e magistrados.
"As únicas autoridades que poderiam cometer abuso são magistrados e membros do Ministério Público. Por que isso? E as demais autoridades? Evidente que é uma tentativa de nos calar e retaliar, porque sabendo que qualquer coisa que fizermos pode se tornar crime de responsabilidade, nós não vamos querer investigar políticos e poderosos. A ideia é que a gente fique com medo e no futuro não façamos nada".
Membros da força tarefa da Lava Jato, os procuradores Carlos Fernando de Souza e Deltan Dallagnol foram às redes sociais neste terça-feira pedir apoio contra o projeto.
"Este projeto promove uma verdadeira vingança contra a Lava Jato. O que desejam é processar criminalmente policial que os investiga, procurador que os acusa e o juiz que os julga", disse Souza.
Pelas redes sociais, o senador Requião criticou os procuradores, mas negou que queira parar a Lava Jato. Ele disse valorizar o trabalho da operação.
"Quero apenas que não cometa abusos e ilegalidades. A lei de abuso de autoridade visa punir o abuso, não o agente público sério é correto", escreveu o senador em sua conta no Twitter.
Fonte: GloboNews
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